O caso é sério e não dá vontade de rir:
Ao ler este post fui ter à crónica do Fernando Dacosta que, por sua vez, me conduziu a esta notícia. Confesso que não fiquei surpreendida.
Em determinadas áreas, a língua portuguesa é completamente desprezada em eventos científicos realizados em Portugal, mesmo quando a maioria dos conferencistas são portugueses. Sempre considerei isso uma falta de respeito pelo país.
Em Maio passado, assisti na Gulbenkian à conferência Ciência 2012, destinada a investigadores portugueses. Dos cerca de 15 oradores apenas um era estrangeiro mas exceptuando o primeiro-ministro e o ministro Nuno Crato todos falaram em inglês, incluindo os dados sobre Portugal nos power-points, escritos também em inglês.
O que choca não é o facto de hoje em dia ser inevitável saberem-se, no mínimo, duas línguas, entre as quais o inglês, mas sim a subserviência e a vaidade com que muitos portugueses desprezam a sua língua para exibirem os seus dotes linguísticos.
Nas cimeiras europeias de chefes de Estado e de Governo, Chirac e Blair falavam entre si cada um na sua língua. E os espanhóis lêem como se escreve o nome da pasta dentrífica Colgate e pronunciam também “à letra” o nome de Jean Jacques Rosseau.
Não pretendo, é claro, voltar aos tempos da rádio em que um locutor resolveu anunciar em português a canção “Please come back to me” e disse: “Senhoras e senhores, vamos ouvir Albert King em “Por favor salta-me para as costas”…
Sendo o português uma das línguas mais faladas, só faltava, depois do atentado representado pelo acordo ortográfico, vir agora o ministro Vítor Gaspar impôr o inglês como língua “oficial” nas reuniões do ministério das Finanças.
Pelos vistos a perda de soberania foi muito mais longe do que pensávamos.
“… nos queiram fazer querer” ???????? ou não será ” nos queiram fazer crer”?
Em Português, de Portugal ou do Brasil, trata-se de duas palavras distintas, senhor comentarista a quem aconselho a consulta de um dicionário.
Jorge, no Brasil fala-se português (do Brasil)…
Só me faz lembrar um antigo camarada, de seu nome Armando de Aguiar, que ao apresentar-se a alguém que falasse Francês achava por bem identificar-se como “Àrmandô à Conduíre” (transcrição mais ou menos fonética…); era quase tão bom, ou talvez melhor do que quem traduz “Ainda bem que te encontro…” por “Encore bien que je te trouve”…
Em primeiro lugar, caro amigo, o Português não é a língua mais falada, o Brasileiro sim, porque no Brasil não se fala Português, por muito que alguns idiotas Portugueses nos queiram fazer querer. Por último a língua mais falada em conferencias e workshops no mundo inteiro é o Inglês.