A SIC entrevistou José Eduardo dos Santos, Presidente de Angola. O entrevistador foi o correspondente da SIC em Israel, Henrique Cymerman. A SIC realçou que é a “1.ª grande entrevista concedida pelo Presidente de Angola em 2 décadas”.
A SIC Notícias convidou depois o embaixador António Monteiro e o prof Enes Ferreira para comentarem a entrevista, ambos “profundos conhecedores de Angola”, como foram apresentados.
Os dois comentadores não se cansaram de elogiar “a escolha” do presidente angolano. “Escolha” do momento para dar a entrevista e “escolha” do canal SIC para a difundir.
A jornalista que moderava o comentário, Ana Lourenço, concordou que era importante perceber “as escolhas” do Presidente.
Enes Ferreira dissertou sobre as razões da “escolha” da SIC e não da RTP, explicando que José Eduardo dos Santos fez bem em não escolher a RTP porque a RTP não tem tratado bem as relações Portugal-Angola. E acrescentou que só falta agora o Presidente angolano “escolher” o Expresso para uma grande entrevista”, para sanar os conflitos antigos com a SIC e o Expresso.
No meio de tantas “escolhas” do Presidente, faltou saber se também escolheu o entrevistador e, já agora, as perguntas da entrevista.
Verdadeiramente vergonhoso a entrevista, como se viu, o entrevistador estava numa posição de vassalagem ridícula, podia ter feito esse frete com algum decoro, entre fechar e abrir os olhos, como se fosse a entrevista da vida dele, a candura, o beber as palavras, realmente triste, um real retrato do que é o jornalismo manietado pelos seus donos e interesses económicos. Momento tenso da entrevista (se é que existiu), o jose eduardo atribuí a pobreza a herança colonial e o pobre jornalista fecha os olhos e nos lábios um sorriso, numa vassalagem realmente triste, olhar de admiração e cumplicidade, só faltaram mesmo os vivas dos comícios, ah…e os jovens manifestantes…esses frustrados que não se enquadraram, vitimas do sucesso escolar, umas dezenas ou ( ele até precisou ) 300 jovens. Por angola, morrem pessoas e lutam pessoas todos os dias contra esse regime e a face da corrupção, um dia será deposto e Portugal ainda se vê obrigado a uma pirueta, chega dessa vassalagem, é possível não contribuir com o perpetuar deste regime, Portugal convertido a uma lavandaria de dinheiro sujo, aliás, o principal apoio do regime eduardista com 33 anos no poder e uma constituição atípica. Nisso o ps é igual ao psd, o dinheiro pesa e ao povo irmão angolano reserva-se a pobreza e assassínios cirúrgicos.
— enquanto isso, o Paulinho das feiras vai pedindo esmolas ao todo poderoso patético ditador.