Quando hoje li no Público a excelente reportagem de Paulo Moura sobre os call centers fui consultar o último relatório da Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) mas não encontrei nada sobre o que é descrito na reportagem. Deixo alguns excertos dessa reportagem que mostram um sub-mundo dentro de um mundo de aparências de belos edifícios equipados com moderníssimas tecnologias, chefes e chefões que tratam as pessoas como escravos. São empresas que nos fornecem serviços e pagam a jovens e menos jovens ordenados miseráveis obrigando-os, ainda por cima, a enganar os clientes.
Quem tem mão nesta selvageria? Que país é este onde dirigentes de grandes empresas se portam como déspotas sem educação, sem ética e sem dignidade?
Anabela, veja o email
gostava de ter acesso à paçe completa. será possível?
obrigada
Não, só conhecia ‘selvajaria’.
Mas vejo que o Houaiss e o Priberam, p.ex., acolhem as duas formas.
Sempre a aprender, como se vê. Nada de novo…
A palavra está bem escrita, selvageria, mas mal empregue, na selva os animais são e estão preparados para o seu habitat. Mas o homem tem outro habitat que não é respeitado por outros homens, mesmo havendo leis que o obrigue a isso. Conheço o sistema: pagam o ordenado mínimo, dão uns minutos para uns jogos para desanuviar, comem sandes porque não têm tempo para almoçar e ao fim de dois anos, tempo máximo, mandam-nos embora para contratarem nova equipa mais fresquinha. Contrabando humano: é falta de respeito por outro ser humano e não é só uma venda mas também uma troca de um ser humano por outro.
selvageria ou selvajaria, ambos correctos. Gosta mais do primeiro…:-)
Selvageria? Assim se escreve?
(Não vou verificar, intencionalmente…)