Este quadro foi apresentado hoje por Francisco Louçã no seu comentário semanal na SIC Notícias. Representa o peso de dois empresários angolanos na comunicação social portuguesa.
Louçã citou os perigos que a concentração de meios de comunicação social representa para o pluralismo da informação com o facto de o jornal i, propriedade do grupo angolano Newshold, não ter noticiado o assassinato de um jovem no passado dia 23 pela guarda presidencial, depois de detido a colar propaganda contra o regime angolano.
Como escrevi aqui, a lei portuguesa não impõe limitações à entrada de capital estrangeiro nos media nacionais. Em matéria de pluralismo apenas cabe à ERC verificar se existem ameaças em operações de concentração de empresas de media.
O governo de José Sócrates, pela mão de Augusto Santos Silva então ministro dos Assuntos Parlamentares, apresentou na Assembleia da República uma lei anti-concentração dos media que obrigava à divulgação da titularidade das empresas mas que o Presidente da República vetou.
Entretanto a presença angolana no sector dos media evoluiu a grande velocidade desde aqui e já se anunciam novas compras…. É caso para dizer: comprar jornais, rádios e televisões em Portugal é o que está a dar…
Rectificação
António Costa, Director do Diário Económico, corrige o quadro apresentado por Francisco Louçã, acima reproduzido, afirmando que “Álvaro Sobrinho nada tem a ver com o Diário Económico ou o Etv. Nem sequer indirectamente porque não tem qualquer posição accionista na Ongoing“.
E que dizer da simpatia dos bancos que, tão amavelmente, colaboraram na operação?
De resto já tinham sido mostrado muito disponíveis com o senhor Oliveira quando,há anos, lhe financiaram generosamente a compra dos mesmos meios de comunicação.
Cada vez estou mais certo que a elite governamental tem muita razão: os portugueses andaram a viver acima das suas possibilidades.
Por isso agora tem que empobrecer.
Mas como segundo o douto César das Neves em Portugal quase não há pobres o problema fica muito atenuado.