As televisões portuguesas encheram os seus espaços informativos com a morte de Eusébio. As pivôs da TVI e da RTP vestiram-se de luto e Marcelo Rebelo de Sousa pôs gravata preta para o seu comentário dominical na TVI.
O Presidente Cavaco falou de Eusébio como uma das pessoas “mais cativantes” que conheceu em toda a vida. Passos Coelho apareceu na Luz e os partidos políticos acharam por bem comentarem a morte de Eusébio como comentam a mensagem de Ano Novo do Presidente.
Nas redes sociais, choveram aplausos de uns e críticas de outros à opção das televisões de limitarem as notícias à morte de Eusébio.
É difícil encontrar a medida certa da cobertura jornalística de acontecimentos como a morte de grandes figuras, sejam elas, entre nós, Eusébio ou Amália ou, a nível internacional, Mandela ou Diana de Gales.
Mas se há equilíbrio possível, ele encontra-se na capacidade que os canais de televisão tiverem para evitar repetições infindáveis dos mesmos testemunhos e, sobretudo no caso da RTP, ser capaz de retirar do arquivo o imenso material ali depositado sobre a história de tudo o que de relevante se passou no País desde que é possível fixá-lo em imagens. Nisso reside a diferença entre o serviço público e os outros canais de televisão. Nas primeiras horas após o anúncio da morte de Eusébio a RTP não se distinguiu, mas ao longo do dia imagens de Eusébio que muitos nunca tinham visto antes acabaram por surgir.
Os debates entre os comentadores desportivos nos canais do cabo, ainda que intercalados com imagens do velório de Eusébio, causam saturação mesmo naqueles que habitualmente os seguem. Dir-se-ia que os responsáveis de emissão não se apercebem da cacofonia que representa para os telespectadores em geral terem todos os canais, durante um dia inteiro (e amanhã se verá) a ouvir o mesmo dito pelos mesmos.
Homenagear Eusébio e outros grandes ídolos mundiais na hora do seu desaparecimento é também ser capaz de encontrar o equilíbrio no tempo, nas palavras e na selecção daqueles que efectivamente tenham algo para dizer que não seja o que qualquer um podia dizer.
Cara Estrela.
Foram três dias de exagero nos media, tipo Coreia do Norte! Só faltou, ou pelo menos não vi, que os apresentadores começassem as notícias aos soluços de choro…
Porra.! Foi demais.
Por cá, em Barrancos, pegadinho à fronteira, onde por enquanto há poucos Meos e Zons, valeram-nos os canais televisivos espanhóis. São mais de 39 e todos grátis na TDT!
Saludos.
Alguns políticos, invejosos…apercebem-se que Eusébio- nunca foi afectado pelo poder, sem indícios de corrupção, que eles sempre procuraram… Foi explorado (pelos políticos)quando eles o exibiram para angariar votos e ascender ao poder em seu próprio benefício. Eusébio, genuino, explorado pela sociedade, cativou os portugueses que o viram com imagem que ele sempre nos apresentou. Não sejam invejosos… políticos. Já estragaram o país deixem o povo sonhar com os seus heróis. Vocês são desilusão
Sou do Benfica e admiro Eusébio. Mas não tolero no meu blog insultos. Eusébio não merece essa gente.
O último adeus ao imortal Pantera Negra ….OBRIGADO EUSEBIO
A notícia da morte de Eusébio deixou Moçambique consternado. No bairro de Maputo onde nasceu, a Mafalala, rezou-se ontem uma missa em sua homenagem, ao mesmo tempo da que se realizou em Lisboa. Com a presença de vários familiares que continuam a residir na capital moçambicana.
Sabe-se que não será decretado luto nacional, apesar da tristeza geral. OMaxaquene, nome em que entretanto se transformou o clube onde o Pantera Negra cresceu, depois de se chamar Sporting de Lourenço Marques, reagiu com choque. “Ele costumava visitar-nos e era um verdadeiro exemplo para os jovens, apesar de reconhecermos que a maior parte não chegará ao seu nível. E acho que esse exemplo vai manter-se para sempre”, explica Ernesto Júnior, atual presidente do Maxaquene. A Record, o dirigente disse que apenas hoje o clube vai decidir a melhor forma de homenagear Eusébio.
Lápis Azul:
O “lápis azul” riscou notícias, fados, peças de teatro e livros, apagou anúncios publicitários, caricaturas e pinturas de parede. Sendo proibida qualquer referência ao material censurado, poucas foram as oportunidades de ver o que se perdeu.(4)
“ (…) Com Salazar, a Censura carimbava CORTADO quando os cortes eram integrais, AUTORIZADO COM CORTES quando eram parciais, e também apunha o carimbo de SUSPENSO , nos casos em que era requerida decisão superior.
Com Caetano, o Exame Prévio carimbava PROIBIDO nas provas cortadas na íntegra, AUTORIZADO PARCIALMENTE nas que sofressem cortes parciais e DEMORADO nas que fossem sujeitas a instância superior. As que passavam sem cortes eram simplesmente carimbadas a azul com a designação VISADO (no tempo de Salazar) ou VISTO (no de Caetano).
Todos os artigos passavam pelo exame prévio e só depois seriam publicados, se os censores o autorizassem (…)”.(5)
A censura é tão antiga quanto a sociedade humana, sendo a Grécia antiga a primeira sociedade a elaborar uma justificativa ética para a censura, com base no princípio de que o governo da Pólis (cidade – estado) constituía a expressão dos desejos dos cidadãos, e que portanto podia reprimir todo aquele que tentassem contestá-lo.(1)
“ (…) Censura é usada pelo estado ou grupo de poder, no sentido de controlar e impedir a liberdade de expressão. Esta criminaliza certas acções de comunicação, ou até a tentativa de exercer essa comunicação. No sentido moderno, a censura consiste em qualquer tentativa de suprimir informação, opiniões e até formas de expressão, como certas facetas da arte. Pode também ser entendida como a supressão de certos pontos de vista e opiniões divergentes, através da propaganda, manipulação dos média ou contra – informação.
Exerce-se por meio do exame e da classificação do que considera crime, pecado, heresia, subversão ou qualquer outro acto susceptível de supressão e punição (…)”(2)
lápis azul
O “lápis azul” foi o símbolo da censura e da época da ditadura portuguesa do século XX. Os censores do Estado Novo usavam um lápis de cor azul nos cortes de qualquer texto, imagem ou desenho a publicar na imprensa. Para proteger a ditadura, os cortes eram justificados como meio de impedir e limitar as tentativas de subversão e difamação.
Desde o Golpe Militar de 28 de maio de 1926 aos regimes de Oliveira Salazar e Marcello Caetano, o “lápis azul” servia para os censores decidirem o que devia ser noticiado ou divulgado.
A 22 de junho de 1926 é instituída a Comissão da Censura, passando os jornais a serem obrigados a enviar a esta comissão quatro provas de página e a não deixarem em branco o espaço das notícias censuradas. Em 1933, a Constituição Portuguesa institui legalmente a Censura, que permanece até à Revolução dos Cravos, a 25 de abril de 1974.
Até setembro de 1968, no governo de António de Oliveira Salazar, é a designada Comissão da Censura a responsável pelo “lápis azul”. Durante o governo de Marcello Caetano esta comissão passa a chamar-se Comissão do Exame Prévio, mas, na prática, mantém o mesmo lápis com o mesmo sentido censório.
Assunção Esteves, presidente da Assembleia da República, enganou-se nas contas quando referiu que a transladação dos restos mortais de Eusébio para o Panteão Nacional teria «custos muitos elevados, na ordem das centenas de milhares de euros». Segundo as contas feitas por vários jornais, a transladação, que só poderá ocorrer daqui a um ano, poderá nem chegar aos 50 mil euros.
O «Correio da Manhã» diz que as declarações da presidente do Parlamento provocaram «incómodo na coligação PSD/CDS», enquanto o jornal «O Jogo» recorda que a transladação do escritor Aquilino Ribeiro, em 2007, não foi além dos 43 mil euros. O «Jornal de Notícias» também diz que o processo, que será decidido pelos grupos parlamentares, «custa 50 mil euros».
A decisão da eventual transladação dos restos mortais de Eusébio para o Panteão Nacional cabe, em exclusivo, à Assembleia da República. Esta honra, que só pode ser concedida um ano depois da morte do distinguido, destina-se, segundo diz a lei, «a perpetuar a memória dos cidadãos portugueses que se distinguiram por serviços prestados ao país, no exercício de altos cargos públicos, altos serviços militares, na expansão da cultura portuguesa, na criação literária, científica e artística ou na defesa dos valores da civilização, em prol da dignificação da pessoa humana e da causa da liberdade».
As mais recentes transladações para o Panteão Nacional, situado na Igreja de Santa Engrácia, em Lisboa, foram a da fadista Amália Rodrigues (2001) e do escritor Aquilino Ribeiro (2007).
podes apagar tudo ,COM O TEU LAPIS AZUL…
MAS JAMAIS APAGARAS DA MEMORIA DE MILHÕES UM REI CHAMADO EUSEBIO DASILVA FERREIRA, JOGADOR DO GLORIOSO S.L.BENFICA !..
NÃO DE PORTIGAL MAS DE ALGUNS PORTUGUESES…TU NÃO MERECES TAL REI ..
ps: PODES APAGAR, PODES LIMPAR ,MAS NUNCA VAIS LIMPAR A TUA IMAGEM DE GENTINHA Q VIVE HOJE NO PEDRESTAL A NOSSA CUSTA ,NUNCA..
VIVA O BEMFICAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
MUDEM O “DISCO”!!
Assunção Esteves diz que ter Eusébio no Panteão custará “centenas de milhares de euros”
SIMPLESMENTE SELVAGEM ESTAS FRASES, UMA DIVA QUE AOS 42 ANOS SE REFOMOU PARA XULAR MAIS OS PORTUGUESES E FAZER FESTAS AZUIS COM OS EUROS DO ERARIO PUBLICO NA ASSEMBLEIA DA REPUBLICA COM GENTE CASTIGADA POR CORRUPÇÃO ..
VERGONHOSO ,E VERGONHOSO,VERGONHOSO ,VERGONHOSO ..
E PERDI O RESPEITO POR ESTA SENHORA PARA SEMPRE ..
O disco aqui é sempre o
mesmo. ….
A estupidez humana e a cegueira no seu auge.
viva os asnos e daltónicos deste pais ,com as suas patranhas ..
gente sem um mínimo de ética, moral e profissionalismo .
vivemos hoje !…em Portugal num pais de lacraus ..
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A RTP e a Antena 1, efectuaram uma cobertura plena de apelos implícitos ao “patriotismo de lapela” de Passos, Portas e Ca. e ao de “união nacional” de Cavaco.
Maduro está muito activo.
Os dislates do dr. Soares, por exemplo, eram bem escusados …
Sem dúvida os politicos deviam conter-se de aparecerem como palhaços ou bobos nestes acontecimentos do dia a dia normal do povo . Que necessidade o Mario Soares tem de andar a fazer figuras tristes. Será que os muitos amigos(serão da onça) não aconselham o velhinho a resguardar-se. Não há necessidade de salpicar um prestigio tão grande com tonterias compreensiveis da idade.
Também achei um exagero. E acabaram por transformar o velório numa feira de vaidades. Até o sonso de Belém saiu da toca para marcar pontos. Aquando da morte do Nobel da Literatura, José Saramago, não consta se tivesse dirigido à Nação. Agora, foi tudo apanhar bonés.
Porque é que não se decretou 3 dias de luto por Albino Aroso???
http://www.publico.pt/sociedade/noticia/morreu-albino-aroso-o-pai-do-planeamento-familiar-1617587