O discurso do Presidente Cavaco na abertura do ano judicial tem no essencial três ideias-chave, nem todas claramente expressas mas apreensíveis ao nível do sub-texto:
A primeira respeita ao que o Presidente chama o problema da “sustentabilidade” que segundo o Presidente não é só energética e ambiental mas também económica e financeira e, até, política.”
O que será que o Presidente entende por “sustentabilidade política“? Será o tal consenso a que ele quer obrigar o PS? Mas consenso com o quê? Com a pobreza e a desigualdade? Com o ataque cerrado aos funcionários públicos e pensionistas? Consenso sobre orçamentos pejados de normas inconstitucionais? Que ideia de democracia pluralista é a do Presidente? De facto, “a sustentabilidade política” é “um problema”. E ainda bem que o é! Para pior já basta assim!
A segunda é a ideia de que a Justiça é um sector onde “foi possível dar uma resposta positiva ao Programa de Assistência, “como é plenamente reconhecido nos relatórios de avaliação das entidades internacionais”.
É caso para perguntar ao Presidente, se é assim, porque é que continua a estar tudo tão mal na Justiça, como o reconheceram, por exemplo, esta manhã na TSF, todos os agentes do sector? Mal comparado, faz lembrar aquela anedota alentejana da mulher que tinha ido ao cabeleireiro e quando chegou a casa o o marido lhe pergunta: “Onde é que foste mulher?” Ao que ela responde: “Fui pôr-me bonita, homem”. Resposta dele: “Então porque é que não estás?” Na Justiça é assim: foi tudo cumprido como a troika queria para melhorar o sector, mas continua tudo mal ou ficou ainda pior.
A terceira refere-se à afirmação do Presidente de que “a crise não tem implicado, pelo menos de forma direta, um aumento significativo da violência e da criminalidade” e a Constituição, “não foi suspensa“.
É no mínimo inesperado ouvir o Presidente dizer tal coisa, admitindo, portanto, pelo simples facto de a dizer, que suspender a Constituição é uma hipótese plausível. Se o recado é para o governo (e só pode sê-lo) o Presidente devia tê-lo dito clara e directamente nos momentos em que, de facto, o governo tentou suspender a Constituição ao aprovar repetidamente orçamentos de Estado com normas inconstitucionais.
Que diabo de discurso o Presidente se lembrou de fazer! Quem viu a cerimónia pela televisão bem reparou em alguns olhares meio incrédulos de algumas das figuras que se sentavam na mesa dos oradores!….Não era para menos!
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Francamente que já não sei se há quem preste muita atenção ao que diz o PR.
E,em boa verdade, não fora a questão dos poderes que tem, parece-me que não vale a pena, do ponto substantivo, dar-lhe grande relevo.
Porque me atormenta e pôe aqui esta Tríade? O manequim da Rua dos Fanqueiros, a Joana porque o Pai o tenebroso Marques Vidal não pode lá pôr o filho João que fez os mais brutais crimes de violação de segredo de Justiça no Processo face oculta. A loira não burra tão cheia de botox que mete medo. A entrevista dela ontem foi um acto da mais vergonhosa demagogia.
democracia à moda do chefe;deve servir-se a quente e acompanhada de molho tártaro com rodelas de laranja…
toda esta choldra é um nojo…