O apelo da rainha Isabel II ao “voto consciente” no referendo na Escócia é visto como tendo sido determinante para a vitória do NÃO. A rainha usou o poder da palavra.
O poder da palavra é um poder enorme. Quando é usado por líderes carismáticos e em momentos-chave da vida dos povos que servem, pode ser decisivo e tornar-se histórico. A rainha Isabel, enquanto chefe supremo do Reino Unido, soube usar esse poder e levou os súbditos a escolherem a união do Reino em vez da sua separação.
No momento que Portugal vive, com o governo em modo “peço desculpa”; funções essenciais do Estado de Direito – Justiça e Educação – em estado de sítio; sistema financeiro em derrocada; líder da oposição em modo “fui traído”; défice a crescer; pobreza a aumentar….
Que falta nos faz ter um alto magistrado da Nação que use o poder da palavra quando ele se impõe! Ao menos, para sabermos que em momentos difíceis o Presidente existe!
Ao contrário da rainha, o nosso Presidente cala-se quando deve falar e fala quando nada tem para dizer. Se é para termos apenas alguém no topo do Estado só para ocupar uma “cadeira”, então prefiro uma rainha!
A lisura e concordia entre as duas facções é um hino a democracia que me faz sentir sortudo por viver na UE. A neutralidade com as palavras que ouvi da rainha(figura que acho politicamente aberrante) pode ser um modelo para a maioria dos presidentes da republica – e tambem para os politicos caseiros que ainda o desejavam mais partidario. Alias toda a situação coloca as tão propaladas ameaças de divisão da europa no caixote do lixo das bestialidades pensadas por muitos “experts”; talvez tenham mais vergonha a partir de agora -incluindo o nosso vizinho iberico de Madrid.
Uma rainha nao mas alguem isentoe que saiba ocupar o lugar melhor que quem la esta prefiro.
Mas eu não sei se o meu país tem Presidente da Republica, ele nunca ou raramente fala?
O melhor que o presidente da República poderia dizer aos portugueses,
seria que por razões do foro pessoal … resignava do cargo!!!
Ora aí está uma perspetiva muito interessante que inteiramente compartilho.