As 108 personalidades que vão ser chamadas a depôr na Comissão Parlamentar de Inquérito ao caso BES compõem um grande fresco sobre a decadência do regime. Depois do crash do Grupo e do Banco Espírito Santo temos agora o crach da PT, cujos estilhaços ameaçam chegar a outros grupos e bancos.
Freitas do Amaral disse ontem na RTP Informação que os portugueses vão pagar muito mais pelo BES do que pagaram e vão continuar a pagar pelo BPN e mostrou-se escandalizado com a displicência do governo e a inépcia do Banco de Portugal ao não terem evitado a falência do BES e a queda da PT.
Também as peripécias do Orçamento de Estado e as emendas de que tem sido alvo mal viu a luz do dia tornam-no uma espécie de “obra aberta” na qual cada um vai escrevendo uma parte, sem que se vislumbre como ficará no fim.
E como se as coisas não fossem já suficientemente más com a austeridade que afinal não acabou com a troika, o primeiro-ministro, ou alguém por ele, manda dizer aos jornais que enganou o seu parceiro e só apresentou a proposta sobre o “crédito fiscal” do IRS depois da meia-noite! Bem disse Freitas do Amaral quando afirmou que o primeiro-ministro humilhou Paulo Portas e ainda se gabou disso!
Na educação, o ministro Crato é hoje uma figura burlesca. O primeiro-ministro arrasta-o para eventos públicos, expondo-o despudoradamente, não se sabe se para o castigar apesar dos elogios que lhe dirige, carregados de “veneno” para quem os quer entender. E Crato, qual bobo da corte atrás do primeiro-ministro, nem cora de vergonha pelo ridículo de o ouvir dizer que escolhê-lo foi uma coisa certa porque ele não “lava as mãos” dos problemas!
É caso para dizer que o País está em modo dominó!
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