A partir de quanto é que se pode dizer que alguém é rico? Possuir uma fortuna é possuir quanto?
Vem isto a propósito de algumas peças jornalísticas como esta que contrariam outras, ao afirmar que a alegada “fortuna” da Mãe de José Sócrates “não chegou a sê-lo”.
Diz o jornal, referindo-se ao património da senhora, que não é “fortuna”. E descreve sucintamente, a “bagatela”:
Ao ler a peça, lembrei-me de que o conceito do que é ser rico em Portugal tem sofrido evolução. Sob a liderança de Passos Coelho ser rico é, por exemplo, receber uma pensão de reforma de 1.350 euros, valor a partir do qual um pensionista paga contribuição extraordinária de solidariedade (CES). A crer em Passos, a Mãe de Sócrates é riquíssima.
Mas o conceito já foi diferente dentro do PSD. Todos nos lembramos daquele membro da primeira direcção de Passos Coelho, cujo nome não recordo já que desapareceu de circulação, que considerava magro um vencimento inferior a 3 mil euros. Ainda assim, a senhora continuava, nesta acepção, a ser rica.
Na peça do Público a que pertence o excerto acima transcrito, perdem-se de vista os montantes descritos, mesmo considerando as diferentes “avaliações” jornalísticas de quanto valem, por exemplo, os andares do Cacém que, por exemplo, para a RTP não valem puto.
Quem ler e ouvir as peças sobre os bens da família de José Sócrates conclui que os jornalistas que as constroem devem ganhar bem, uma vez que consideram que os “doze andares” e mais una “milharzitos” de euros herdados pela Mãe de Sócrates são uma ninharia. Sorte a deles!
“A partir de quanto é que se pode dizer que alguém é rico?”
Esta é fácil. Não é por acaso que esta importante questão (como tantas outras) só é levantada quando se trata de Sócrates. Aqui vai a resposta: rico é quem tem um euro a mais do que José Sócrates. Abaixo disso, não é riqueza. E considera-se uma fortuna todo o pecúlio igual ou superior a seja o que for que possuem, por exemplo, Duarte Lima, Dias Loureiro, etc.
A questão nem sequer é essa, se a mãe, o tio ou o primo têm determinada fortuna. Primeiro, ninguém tem nada a ver com isso, não é proibido ter terrenos, andares ou outros bens e muito menos é proibido vendê-los. Neste caso, revelam-se com óbvias intenções a tentativa de manipular o povo português para odiar Sócrates sem que haja ainda uma acusação provada. Já está o mal feito, quando se provar que a “riqueza” da família não provém de fundos públicos, algum pasquim vai desmentir a informação? Muito mal anda a nossa Justiça e os super juizes e procuradores que não escondem sequer o propósito político desta condenação pública de José Sócrates. isto era mesmo necessário após a vitória de Seguro. Que ninguém se atravesse no caminho da coligação. O raio que os parta!
Não foi três mil, foi mais. Disse que quem ganhe 10 mil euros por mês, com uma taxa de 42 por cento fica reduzido a 5800 euros, o que implica que pertence à classe média baixa. Foi Diogo Leite de Campos que o disse. Corrija que é para se vincar real profundidade da ignorância do tipo.
Mas com valores mais baixos – e ainda assim completamente desviados do salário médio nacional de 700 a 800 euros de então – também já ouvi comentários iguais a Pacheco Pereira e a Eduardo Pitta
Esses “jornalistas” estão em contra-mão com o desgoverno! Como diz, todos sabem
que, para o governinho quem ganhe mais de1000 euros é classe média alta!
Por outro lado, previdente como é o ministro da caridade lambretas vai dizendo que
irão abrir mais 600 cantinas sociais para apoiar os poucos, mais pobrezinhos por es-
te nosso País à beira-mar plantado!!!