Era um dia de festa para aquela família. O pai, os seus dois filhos menores e o avô dos meninos saíam do estádio do Guimarães após o jogo em que o Benfica se sagrou bi-campeão. Um polícia ensandecido de viseira e cacetete pegou-se de briga com o pai dos meninos atirando-o ao chão e batendo-lhe com o cacetete, carregando-lhe as costas com o joelho enquanto o algemava. O avô dos meninos veio em socorro do filho, sendo violentamente empurrado por outros dois polícias.
Tudo isto se passou em frende dos dois meninos, o mais pequeno dos quais gritava desesperado vendo o pai no chão a ser batido pelo polícia e o avô a levar empurrões.
Mas eis que um outro polícia, possivelmente também pai de meninos, vendo a choro e o desespero do menino correu para ele e aconchegou-o a si, protegendo-o dos olhares alheios e impedindo-o de ver a cena do polícia ensandecido que continuava a bater no pai.
Aquele menino e o seu irmão mais velho dificilmente esquecerão aquela cena. E se um dia alguém lhes disser que a polícia serve para proteger os cidadãos e fazer cumprir a lei e a ordem, não acreditarão. E então será preciso dizer-lhes que aquele polícia que assim bateu no seu pai, só é polícia porque alguém se enganou e lhe deu uma farda, uma arma e um bastão que ele não merece nem sabe usar. O verdadeiro polícia é o outro – o que usou os braços e a viseira para proteger o menino.
É só para dizer que o avô não foi só empurrado, mas levou dois socos, do Subcomissário como mostram as imagens. Provavelmente não lhe faltou vontade de arrear nos filhos, quem sabe para os educar que deviam mudar de clube.
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Por muito bonitas que sejam as palavras, essas leva-as o vento. Sempre que me lembro duma cena de criança é só a imagem que vejo. Até a uma simples fotografia associo sempre uma cena. De palavras, só me lembro de alguns, poucos, elogios que levei em público, porque me reconfortaram, mas não perante cenas violentas, nem quando era mesmo criança. Já tenho enfrentado alguns polícias, perante cenas com que não concordo, mas deve ser só para me pôr à prova, porque boa imagem de polícias não tenho nenhuma. E já lá vão muitos anos. Neste momento estou a ver uma matilha deles, mais os respectivos “pastores alemães” ensandecidos, a espumarem, pela Rua de Gomes Freire acima, enquanto eu descia no eléctrico – carreira 26 -Estrela – Gomes Freire.
para quem gosta de fardas e cacetetes
Vamos todos postar em https://www.facebook.com/policiasegurancapublica
http://cacetete.wordpress.com
Obrigado
Muito obrigado por ter escrito este texto,e sim realmente tem toda a razão o verdadeiro e único Polícia é o que proteje e apoia a criança.
Houve um detalhe na comunicação deste incidente que me diz muito sobre o rigor e a isenção da informação que nos é fornecida. Refiro-me ao facto de o agredido ser referido como “empresário”. E recordei-me do “sucateiro de Ovar”. Independentemente das diferenças dos respectivos processos, parece-me óbvio que este tipo de tratamento diferenciado condiciona a atitude com que o leitor irá ler a noticia.
“O verdadeiro polícia é o outro – o que usou os braços e a viseira para proteger o menino?” Uma ova! A criança já tinha visto o suficiente para fazer um juizo sobre a corporação. Os restantes agentes deveriam ter-se focado no colega, detendo-o, algemando-o, levando-o para a esquadra para ser julgado oportunamente e, se ele oferecesse resistência, deveriam usar a força, a mesma força que os agentes da autoridade usam quando, supostamente, “protegem cidadãos” como protegeram o cidadão diante dos seus filhos, do seu pai e hoje, diante do mundo!!!!
deixe-se de pieguices, um verdadeiro polícia evitaria cenas destas. os puto só não levou porrada porque o bófia se apercebeu que tinha sido encurralado pelos fotografos e cameras, mano e avô levaram uns encontrões a bem da sua segurança pessoal, como dirão os autos, porque na versão inicial seriam acusados de obstrução à acção de pacificação levada a cabo pela garbosa psp local.
O Problema É Quem Não Vota Contra Estes Políticos Contra Estes Políticas Que Não Tem Uma Justiça Nem Jornalismo Nem Governo Verdadeiro.