Marcelo ganhou a eleição presidencial sem dificuldade, com uma campanha a que chamou “de afectos”, sem quase falar de política, defendendo-se vagamente quando era acusado e fugindo de tudo o que pudesse arrastá-lo para polémicas que estragassem a sua imagem como alguém preocupado em fazer “pontes”, consensos” e evitar divisões entre portugueses. A estratégia que traçou e seguiu religiosamente até ao fim, deu certo.
No seu primeiro discurso com presidente eleito, Marcelo manteve ainda o discurso dos afectos quando, já eleito, começou por explicar porque escolheu a Faculdade de Direito como o local para se dirigir ao País.
Ninguém sabe que tipo de presidência fará Marcelo. Todos os comentadores o disseram, dada a imprevisibilidade do seu caracter e a dificuldade de lhe fixar um perfil. António Vitorino, na SIC, lembrou que quando era líder do PSD, Marcelo chegou a fazer três conferências de imprensa no mesmo dia. Quererá certamente ser um Presidente visível e próximo e não será capaz de fugir à tentação de usar o meio que melhor domina, isto é a televisão.
Mas há um sinal que Marcelo foi dando e confirmou no seu primeiro discurso. Marcelo puxará o regime para o centro político, isto é, tentará contrariar o movimento que as eleições de 4 de Outubro concretizaram na formação de um governo apoiado à esquerda, isto é, Marcelo tentará atenuar a actual demarcação entre a esquerda e a direita. Como o fará e como se conciliará a estratégia centrípeta de Marcelo com a estratégia centrifuga de António Costa, é o que falta ver.
Marcelo será também o primeiro Presidente de quem se falará citando-o apenas pelo primeiro nome: “Presidente Marcelo”.
Marcelo acima de tudo INTELIGENTE. Depois; vaidoso mas, simpático, bem falante bem formado e REALISTA. É assim que o considero. A maneira como conduziu a sua campanha eleitoral, e a forma elegante e comedida como manifestou a satisfação por ter saído vencedor, dá-me a certeza de que irá dirigir o lugar que agora ocupa, com bom senso idêntico ao que demonstrou nesta campanha. FELICIDADES!
Carlos Patrício Álvares (Chaubet).
No dia 24 de janeiro de 2016 às 23:53, VAI E VEM escreveu:
> estrelaserrano@gmail.com posted: “Marcelo ganhou a eleição presidencial > sem dificuldade, com uma campanha a que chamou “de afectos”, sem quase > falar de política, defendendo-se vagamente quando era acusado e fugindo de > tudo o que pudesse arrastá-lo para polémicas que estragassem a sua ima” >
Sidónio. Presidente Sidónio. Mau prenúncio, pois.