O deputado do PSD, Leitão Amaro, que ultimamente tem surgido como porta-voz do PSD para as questões financeiras, esclareceu hoje finalmente a estratégia do PSD quanto à recusa de apresentar propostas alternativas ao Orçamento de Estado para 2016 que foi hoje aprovado pelo PS, pelo BE e pelo PCP. Disse o deputado à RTP:
“a esquerda queria que o PSD apresentasse propostas para que estas fossem o alvo da discussão e não o “mau” Orçamento.” (ver citação das 11h13)
Esta esclarecedora declaração do deputado do PSD passou despercebida e, até agora, ninguém do PSD tinha assumido o argumento. O próprio líder parlamentar, Luís Montenegro, na intervenção final antes da votação do orçamento voltou a invocar a “coerência” do seu partido, etc., etc., escondendo a verdadeira razão para a não apresentação de alternativas.
Ora, como estamos lembrados, quando António Costa e a sua equipa de economistas apresentaram, pela primeira vez, o cenário macro-económico e depois o programa eleitoral com contas feitas, ninguém mais quis saber quais eram as propostas da coligação PSD-CDS. As notícias e os debates passaram a ser sobre as propostas do PS, com omissão total das propostas da coligação PaF, que ninguém conhecia. Os jornalistas levaram para os debates eleitorais apenas as propostas do PS o que permitiu a Passos e Portas esconderem as suas, no que contaram com a colaboração de comentadores e de jornalistas de economia.
O PSD percebeu que essa estratégia resultou e que com meia dúzia de “princípios orientadores” e “garantias” sem qualquer quantificação, os dois partidos se apresentaram às eleições de 4 de Outubro sem escrutínio das suas propostas. Os resultados foram os que conhecemos. A coligação PaF ganhou as eleições escondendo o seu programa de governo.
Quis agora repetir a receita com o orçamento de 2016, votando contra tudo e remetendo-se ao silêncio. Foi a maneira que encontrou para não dizer que as suas alternativas seriam repetir a receita de cortes em salários e pensões.
Felizmente, o deputado Leitão Amaro deu a conhecer o verdadeiro argumento.
Nem Bruxelas lhes vale!
A única coisa que me deixa completamente descontrolada é alguém considerar-me analfabeta funcional. Politicas e ideias só as que lhes venderam lá fora. Fizeram-no durante 4 anos mas pelos vistos não lhes chegou. Continuam a insistir em fazê-lo, mesmo estando na oposição, o que me leva a pensar que ainda não conseguiram comprar ideias novas.
Completamente de acordo .
O caso é que a mediocridade dessa gente é tal que não têm uma única ideia menos má sobre o que quer que seja. Governaram com o programa da troika e para darem ares de que eram mais sábios e melhores que esta foram além dela sem saber o que faziam nem os resultados que iam obter.
Se fossem governo iriam de novo à troika e ao eurogrupo a Bruxelas buscar o programa de governo e usá-lo-iam de novo castigando à bruta os portugueses remediados escudados nas “imposisões de Bruxelas”.
Não podendo usar o alibi de Bruxelas usaram o alibi dos pulhas; esconder o jogo para continuar a mentir e enganar os ingénuos e ignorantes.