Passos Coelho tem feito intervenções públicas reveladoras de que continua a não aceitar as regras de funcionamento da democracia e do sistema político português definido na Constituição da República. Esse trauma profundo marca todas as suas intervenções quer no tom, quer no estilo ou na substância.
A frase mais reveladora desse estado de espírito foi proferida na entrevista ao Diário de Notícias quando Passos afirmou “O governo tem o dever de cumprir a legislatura que roubou“. Com esta frase, Passos mostra além de incapacidade de aceitar o quadro constitucional, um desespero preocupante num líder político de um partido com as responsabilidades do PSD. Quem lhe “roubou” a legislatura foi o Parlamento ao rejeitar o seu governo e aprovar o de Costa.
Mas não se ficam por aqui os sinais de desespero de Passos Coelho. Os termos usados para atacar o governo são boçais e roçam a delinquência política, de que são exemplo frases como “patetas alegres” são os que acreditam no país descrito pelo governo; “Eles rebentam com os bancos e depois vêm dizer que a culpa é minha e da Maria Luís”; ou quando ameaça “Gozem bem as férias que em Setembro vem aí o diabo”, ou ainda quando diz, sobre a herança recebida pelo actual governo no sector bancário, que o governo é “quase criminoso” e “sem perdão”.
A notícia de que António Costa admite processar a Comissão Europeia se forem aplicadas sanções a Portugal, fez Passos vir em defesa de Bruxelas, acusando Costa de usar a Comissão como “bode expiatório” do governo.
Passos Coelho já não disfarça sequer o desejo de que a Comissão Europeia castigue Portugal com sanções. Diz ele que “não há direito de atirar pela janela o sacrifício que fizemos”, iludindo que a própria Comissão deixou claro que as sanções se devem ao incumprimento do défice do governo de Passos e Portas.
O ressabiamento de Passos tolda-lhe o discernimento. Não admira que os portugueses se estejam a afastar de um partido com um líder assim.
Depois da decisão de Bruxelas a quem chamará “patetas alegres” o “pavão depenado?” O de Massamá não acerta uma….Além de, como a votação na Assembleia da República lhe foi desfavorável, referir de forma imprópria de um deputado os que, por votação do Povo, na A.R., o tiraram do poleiro. Não se conformando com esta situação, democraticamente criada, anda pelo País a desfazer nos partidos responsáveis por ela.
Carlos Patrício Álvares (Chaubet)
No dia 25 de julho de 2016 às 22:43, VAI E V
Hoje sofreu mais um desgosto. A UE – com 2 pesos e duas medidas – não lhe fez a vontade – sancionar o país pelo deficit k o governo PAF – bom aluno !!! deixou. Claro k vai continuar a gritar : mais austeridade (para os outros), claro. Além de não conseguir chegar à Goldman Sachs …..!!!!
Esse rapazola, se ficar caladinho e pensar em retirar-se discretamente faz um grande favor a três entidades. O povo de modo geral, o PSD em particular, e por fim, ele mesmo.
Vai-te embora que daqui a algum tempo já ninguém se lembra mais de ti.