As palavras não chegam para expressar a imensa tristeza de ver Mário Soares partir, desta vez para não voltar. Porque antes ele partia mas voltava sempe. Vê-lo assim no seu leito de morte, inerte, é para mim qualquer coisa de impensável. Não consigo olhar…. ainda não acredito que ele morreu…
Cito o poeta: “Gastámos as palavras… só não gastámos o silêncio”
Ouço nas rádios e nas televisões histórias contadas por quem com ele conviveu em diversas fases da sua vida. Algumas conheço, outras haveria para contar mas as palavras estão gastas…
Recorro ao álbum das fotografias do meu tempo com Mário Soares. A maioria delas captadas pelos seus fotógrafos oficiais, Alfredo Cunha e Luís de Vasconcelos, cuja obra fotográfica diz mais sobre Mário Soares do que todas as palavras que ouvimos e lemos sobre ele.
Partilho aqui algumas das imagens em que a objectiva do Alfredo ou do Luís me apanhou junto de Mário Soares. Eles que me desculpem pela distorção provocada por uma digitalização imperfeita da minha inteira responsabilidade.

Nova York, com Mário Soares e os jornalistas Miguel Sousa Tavares, Henrique Monteiro e Luís Pinheiro de Almeida