No site da Presidência da República a agenda oficial para o dia de hoje não refere a visita à Escola António Arroio, em Lisboa, a que S. Ex.ª faltou por motivos de “um impedimento relacionado com as suas funções”. Dado que todos os média a tinham em agenda, das duas uma: ou foi apagada da agenda oficial ou era uma visita “imprevista”.
Consultando o site verifica-se que o Presidente mantém a sua agenda para a parte da tarde: às 15:30 recebeu o Primeiro-Ministro da República da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior e às 17:00 recebe o Primeiro-Ministro para a reunião semanal. Não há, pois, que temer um “impedimento” grave que impeça o Presidente de comparecer no seu local trabalho.
O “impedimento” deve-se a “falta de condições de segurança”, terá dito “uma fonte, logo desmentida por outra, e à manifestação de alunos que esperava o Presidente protestando contra a inexistência de um refeitório e pelo fim do passe escolar.
Em 2009, Sócrates tinha já experimentado a veia reivindicativa dos alunos da António Arroio pelo que seria expectável que num momento em que o Presidente tem estado sob contestação, os alunos repetissem os protestos e lhe acrescentassem até novos slogans sobre o “episódio” das pensões (como vieram a fazer perante os repórteres).
Daí que ou o seu staff não fez o trabalho de casa na altura da organização da visita preparando o Presidente para enfrentar a inevitável “recepção” com sabedoria e “fair play” ou então existiu mesmo um “imprevisto relacionado com as suas funções” que o impediu de comparecer e por isso os repórteres e os alunos só foram avisados da ausência meia hora depois da hora marcada para início da visita.
O resultado foi a figura caricata do Secretário de Estado da Educação, irritado com as dúvidas dos repórteres sobre os motivos reais do “imprevisto”, a repetir “só pode ter sido mesmo um imprevisto!”. E que dizer do director da escola a dizer aos repórteres:”A partir daqui não entram?”
A ter existido a ideia de não sujeitar o Presidente às vaias dos alunos, foi uma ideia falhada. É que os cartazes preparados para a visita foram na mesma exibidos nas televisões e comentários “ácidos” contra o Presidente não deixaram de ser ouvidos. Com a agravante de a ausência do Presidente ter criado dúvidas sobre os seus verdadeiros motivos.
Aguarda-se, pois, uma explicação do Presidente. Quando não, fica-se a pensar que não podendo mandar calar os alunos, o Presidente cortou o mal pela raíz e não compareceu.
Não foi vaiado, é certo, como Sócrates; mas fica-lhe colada a etiqueta de ter “fugido” . Venha pois a explicação sobre o “impedimento” para que não se fique a pensar mal da coragem do Presidente.
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Ou as secretas suspeitavam de algum bombista suicida entre a assistência ou uma otite ainda mal curada o impediu de comparecer.
igual ? http://migre.me/7XmkC veja aki