A entrevista do Secratário de Estado Rocha Andrade ao Diário de Notícias e os salários dos administradores da Caixa Geral de Depósitos (CGD) têm sido pretexto para ondas de demagogia por parte de políticos, comentadores e jornalistas. É certo que é preciso alimentar os debates e comentários que enchem as televisões e os jornais mas, que diabo, há tantos assuntos sobre que falar e escrever bem mais importantes para a vida dos portugueses sobre os quais não há notícias!
As declarações de Rocha Andrade são absolutamente normais, sobretudo num país tão pequeno como Portugal em que as elites políticas e económicas partilham o poder revezando-se no governo e na oposição, estabelecendo relações de interdependência, como se viu no grupo Espírito Santo que empregava pessoal político de vários quadrantes políticos. Tem pois razão Rocha Andrade quando refere que “todos os membros do governo têm uma lista de entidades sobre as quais não devem tomar decisões”.
Os comentários escandalizados do CDS e do PSD parecem mostrar que estes partidos nunca pensaram no assunto e que acham natural que políiticos com ligações a instutuições e empresas vão depois quando chegam ao governo decidir sobre essas instituições e empresas. Bem sabemos que no Parlamento as incompatibilidades não são levadas a sério, sobretudo no que se refere aos deputados que exercem advocacia em grandes escritórios de advogados. É pena que os jornalistas não se dediquem a fazer esse levantamento e que não sejam eles a elaborarem a “lista” a que eufemisticamente se referiu Rocha Andrade e que alguns entenderam em sentido literal.
Quanto ao salário do presidente e da administração da CGD, a perplexidade maior vem das declarações do Presidente Marcelo que apesar de ter promulgado o novo estatuto dos gestores públicos, veio agora cavalgar a onda da demagogia, afirmando que “se há fundos públicos, não é possível nem desejável pagar o que se pagaria se fosse um banco privado sem fundos públicos”, É evidente que se trata de valores elevados, porém, no momento em que a CGD é o banco público e necessita de uma profunda reestruturação, condição essencial ao financiamento da economia portuguesa, estar a questionar o vencimento de um administrador profissional cuja competência técnica e independência política ninguém põe em causa, é pura demagogia e populismo fácil para agradar aos demagogos de serviço. Que políticos e comentadores o façam, não se estranha. Já não se compreende que o Presidente alinhe com eles. Ao contrário, o primeiro-ministro, António Costa, foi coerente e não teve receio de ser impopular.
Criticável é sim que tantos gestores da CGD e de bancos privados que no passado auferiram salários elevados tenham deixado os bancos que geriram no estado em que se encontram e que sejam os contribuintes a pagar pela incompetência desses senhores.
À nova gestão da Caixa deve ser exigida, sem concessões, a recuperação do banco público e a sua colocação ao serviço da economia e do desenvolvimento do País.
Carlos Alvares 20:58 (Há 14 minutos) para *VAI* Desde que …….a caravana passe………
Carlos Patrício Álvares
No dia 21 de outubro de 2016 às 20:58, Carlos Alvares escreveu:
> Desde que …….a caravana passe……… > > Carlos Patrício Álvares > > No dia 20 de outubro de 2016 às 20:42, VAI E VEM comment-reply@wordpress.com> escreveu: > >> estrelaserrano@gmail.com publicado: “A entrevista do Secratário de >> Estado Rocha Andrade ao Diário de Notícias e os salários dos >> administradores da Caixa Geral de Depósitos (CGD) têm sido pretexto para >> ondas de demagogia por parte de políticos, comentadores e jornalistas. É >> certo que é precis” >>
Desde que …….a caravana passe………
Carlos Patrício Álvares
No dia 20 de outubro de 2016 às 20:42, VAI E VEM escreveu:
> estrelaserrano@gmail.com publicado: “A entrevista do Secratário de Estado > Rocha Andrade ao Diário de Notícias e os salários dos administradores da > Caixa Geral de Depósitos (CGD) têm sido pretexto para ondas de demagogia > por parte de políticos, comentadores e jornalistas. É certo que é precis” >
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Ver o deputado João Almeida a pedir a “lista” é de rir pois, sendo relativamente novo toda
a sua “educação” política vem das jotas, onde a especialidade passa por aprender truques!
Agora, um ex ministro como Marques Guedes com mais de 25 anos na política, alinhar na
mesma onda … é de nos deixar preocupados, são mesmo limitados e pouco inteligentes os
deputados do PSD talvez, feitos à imagem do seu actual líder o Passoilo de Massamá!!!
Nunca ninguém foi responsabilizado pelo seu (deles) mau desempenho,nós ,os contribuintes que contribuem (aqueles que sabem e podem ,não dão nada só tiram) temos o dever de exigir bom e leal desempenho,e com bons resultados.