É uma posição um pouco ao arrepio da ideia muito comum à quase generalidade dos media portugueses, sobretudo às televisões, mas não só, que prendem preciamente tornar-se uma “marca”, melhor dizendo “branding”.
O conceito de “marca” entendido como construção de uma identidade, com valores, símbolos, ideias, formas de pensar e de agir para melhor chegar aos seus públicos, não parece contraditório com o jornalismo, sobretudo se o jornal é já, ele próprio, pela qualidade, seriedade, independência, uma “marca” para os seus leitores.
Uma rede social, uma televisão, uma rádio, um espaço cultural, são extensões naturais de um jornal… e mesmo um bar ou um restaurante não são actividades que “manchem” o jornalismo. A não ser que o projecto dos accionistas do Libération não seja bem o que é anunciado nas notícias.
Não será já hoje o Libération uma marca no jornalismo francês?
vale apena comparar a rapidez com que a sociedade americana se adapta as mudanças (nos media por ex.) e a “teimosia” em que jornalistas respeitados acabam por matar a vaca por se recusarem a adaptar-se as mudanças – que todos vêm que necessárias.
Os meus filhos, nas idades de 3-6 tambem emburravam numa ideia e recusavam-se(incapacidade) a aceitar alternativas.