A “marca” Libération

Os jornalistas do Libération não querem ser uma “marca”.“Somos um jornal. Não somos um restaurante, uma rede social, um espaço cultural, uma televisão, um bar, uma incubadora de start up”, 

É uma posição um pouco ao arrepio da ideia muito comum à quase generalidade dos media portugueses, sobretudo às televisões, mas não só, que prendem preciamente tornar-se uma “marca”, melhor dizendo “branding”.

O conceito de “marca” entendido como construção de uma identidade, com valores, símbolos, ideias, formas de pensar e de agir para melhor chegar aos seus públicos, não parece contraditório com o jornalismo, sobretudo se o jornal é já, ele próprio, pela qualidade, seriedade, independência, uma “marca” para os seus leitores.

Uma rede social, uma televisão, uma rádio, um espaço cultural, são extensões naturais de um jornal… e mesmo um bar ou um restaurante não são actividades que “manchem” o jornalismo. A não ser que o projecto dos accionistas do Libération não seja bem o que é anunciado nas notícias.

Não será já hoje o Libération uma marca  no jornalismo francês?

Esta entrada foi publicada em Imprensa, Jornalismo. ligação permanente.

Uma resposta a A “marca” Libération

  1. cristof9 diz:

    vale apena comparar a rapidez com que a sociedade americana se adapta as mudanças (nos media por ex.) e a “teimosia” em que jornalistas respeitados acabam por matar a vaca por se recusarem a adaptar-se as mudanças – que todos vêm que necessárias.
    Os meus filhos, nas idades de 3-6 tambem emburravam numa ideia e recusavam-se(incapacidade) a aceitar alternativas.

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