“Não tenho amigos na magistratura, sou uma pessoa meio isolada, feitio de bicho-do-mato. Este ‘saloio de Mação’ tem consciência que se praticar erros grosseiros, ninguém na magistratura o vai acolitar. O tal ‘saloio de Mação’ tem uns créditos hipotecários, não tem dinheiro ou contas bancárias em nome de amigos. Amigos são os que vão ao meu funeral e mesmo assim se não estiver a chover. Eu apenas me reclamo de alguma coragem. Tenho tido alguma coragem de tomar algumas decisões.” (Carlos Alexandre, juiz, em entrevista à SIC)
As primeiras imagens da entrevista eram da igreja de Mação, terra natal do juiz Carlos Alexandre, em dia de procissão com o juiz acompanhando o cortejo. Imagens bem escolhidas, diga-se, porque, verdadeiramente, a entrevista revela que muito mais que ser juiz, Carlos Alexandre é uma espécie de “sacerdote” que olha para a sua profissão como uma missão para a qual foi escolhido. Não tem medo de nada e aceita o seu destino.
Carlos Alexandre não tem férias desde há 10 ou 12 anos e nunca esteve ausente do serviço mais do que uma semana. Está sempre a trabalhar “no edifício” e em sua casa, leva escutas para ouvir e dossiês para ler, faz trabalho extra aos sábados para pagar as contas porque “não tem créditos em nome de amigos”. Não fala de casos concretos mas cita o “senhor engenheiro José Sócrates” como o primeiro a fazer cortes salariais às magistraturas. Sócrates está nas entrelinhas da entrevista mas o juiz repete que não fala de processos concretos.
O “super-juiz” (como lhe chamam os jornalistas) conhece muito da realidade económica de alguns negócios, operações bancárias, algumas decisões políticas e jurisdicionais, conhece muito da realidade, conhece nomes, sabe alcunhas, conhece episódios…. e sabe que seria “muito perigoso” se usasse o poder que tanto saber lhe dá…
O juiz não tem amigos na magistratura (só na tropa, até cita um amigo general), acha-se um “bicho-do.mato”, nunca se arrependeu de uma decisão, só quer que lhe contem “a verdade”.
O super-juiz não é promovido porque não cumpre os itens exigidos para chegar a juiz-desembargador. Disse-o ele: não escreveu nenhum livro, não frequenta seminários, não tem estagiários, não tem pós-graduações… O juiz não quer subir na carreira, basta-lhe o que aprendeu na faculdade e o que lê nos processos….
Carlos Alexandre é um “super-juiz” ou simplesmente um “saloio de Mação”? Tal como se deu a ver na entrevista à SIC é um homem que se sente iluminado e guiado (por mão divina?) para trazer a justiça à face da terra…
Um juiz assim não deixa de ser assustador. Algum psicanalista que olhe para esta entrevista e diga de sua justiça…
Este SENHOR Carlos Alexandre que tem a profissão, ser JUÌZ, é o meu herói. É pena é que as ferramentas com que ele trabalha estão todas “rombas”. Elas (ferramentas) estão feitas á medida de certos FERREIROS.
Engraçado como inúmeras análises a esta entrevista continuam, insistentemente, com raras excepções ( João Gomes dia 9 16:20) a dar ênfase às palavras do Juiz C. A., e não ao que ele está realmente a dizer. Uma espécie de desabafo final antes de bater com a porta ?.
Continua-se a falar do “saloio” e não da sua importante mensagem subliminar.
Continua-se a ladrar para a árvore aonde não está nenhum cão.
Um Juiz cava a terra com a machadinha, as Leis, que o poder político legisla, e, não menos importante, não legisla !.
O constitucionalmente hiper-poderoso poder político em Portugal (partidos PS e PSD) sabe proteger-se do poder Judicial.
Consistentemente, por mais de uma vez, não legislou o necessário para que o (independente) poder judicial o julgue eficazmente.
Com este sistema eleitoral o poder político vigente, simbiose legislativo/executivo, auto-sanciona a sua impunidade. E a destruição da sociedade.
Completamente ao lado, o discurso presidencial ao apelar a um manietado poder judicial para que exerça o seu ministério, aonde seria bem necessário.
Deixei este comentário algures, poderá vir a propósito (e trazer algum bem-estar sobre uma parte daquilo que interessa).
Não vi, e se o post da Estrela Serrano é informativamente fiel nada de novo “aconteceu” durante a entrevista à SIC sobre as idiossincrasias do super-super do TIC que não fossem já conhecidas. Nomeadamente, aflige o aparente desprezo com que se refere à necessidade de complexização da sua arte, à complementaridade ou, pelo menos, a alguma actualização bibliográfica e teórica que as pós-graduações, os workshops e/ou o diálogo intelectual com os outros permitem (no campo dos direitos fundamentais, por exemplo). Sobre a sua elasticidade mental vi, algures, umas imagens pareceram-me que numa promo (?) em que o tipo citaria Kant sobre a moral (outro que, tal como o Henrique Monteiro, diz que quem lhe tira o Kant tira-lhe tudo). Parece-me que canhestramente, o que não estranharia porque [o] exemplo atrás referido é ele próprio um mau sinal.
[Nota, aos interessados. O post da Estrela Serrano surge cheio de erros, e não apenas de edição. Conheçce nomes?, por exemplo, que permite aos leitores fazer a arqueologia da coisa: depreende-se que a postante escreveu, primeiramente, conheçe e que, depois, corrigiu o verbo mas que ficaram grafados ambos. Ora, confesso que até tive necessidade de agora olhar para o teclado para ver onde estão as teclas respectivas no QWERT. Longe, e bastante.]
Leio o comentário do Sr Edgar Santos, e pasmo ! Nunca deixará de me causar profunda estupefacção o facto de haver pessoas a quem me parece que seria exigível uma perspectiva com alguma solidez nas questões elementares do Estado de Direito, advogarem que o mesmo deva ser suspenso sempre que estejam em causa os objectos das suas antipatias politicas ou sociais ! Na substância, o que distingue a visão do mundo do sr Edgar Santos da de qualquer inquisidor ?
Os juízes Rosario e Alexandre, deixaram fugir 20.000 milhões. Apenas constituíram arguidos os administradores do Bes 8 meses depois da resolução do banco.
Preferiram andar a procura dos 20 milhões do socrates
Não assisti à entrevista. Não conheço pessoalmente o tão falado “super-juiz” Dr. Carlos Alexandre.
Mas conheço o juiz Carlos Alexandre pelo mediatismo que a comunicação social dele fez, e ao qual trata por “super-juiz” dada a extrema complexidade e importância de grandes processos de análise, instrução e julgamento de pessoas muito badaladas na vida política e não só, ligadas a grandes “lobbies” da alta finança e da economia, que se tornaram casos mediáticos.
O Partido Socialista foi fundado em 1973. Era eu estudante do 1º ano da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Nessa altura, era assistente e regente da Cadeira de Economia Política o Dr. Cruz Vilaça, e assistente da Cadeira de Direito Constitucional o Dr. José Miguel Júdice, que tinha apresentado em Livro publicado pela Cidadela (de que aquele e este eram dirigentes) o elogio ao fascista e falangista espanhol “Primo de Rivera”, dois fascistas que há muitos, muitos anos engrossaram as fileiras do então PPD, hoje PSD.
Também me envolvi, nessa altura, nas lutas antifascistas e inscrevi-me em 01/03/1975, então com 19 anos, como militante do Partido Socialista, no qual viria a conhecer a maior parte dos dirigentes, tanto locais, como regionais, como nacionais. De todos os que conheci, contam-se pelos dedos de uma mão, a começar pelo Engº António Guterres, aqueles que ainda hoje me merecem estima e consideração e que, por isso, voltaria a confiar neles: todos os outros fizeram o mesmo percurso transversal de todos os outros partidos, ou seja, eliminaram convenientemente os inconvenientes, para assim distribuirem entre eles os bolos e mordomias, tal como os vencedores de uma guerra, em tempo de rescaldo e de divisão dos espólios, sem a presença de vozes críticas e de chamadas de atenção!!! E as mulheres deputadas, normalmente mais isentas e ligadas a uma certa moderação? As mulheres, bem, as mulheres deputadas tinham os seus deputados favoritos que lhes garantiam a eleição e consequentes mordomias, em troca dos favores de concubinato, sendo conhecidos casos de espera no carro de maridos e filhos enquanto a companheira-mãe se divertia com o deputado-protetor, que se preparavam para abalarem de fim-de-semana.
Que é que isto tem a ver com o “super-juiz”? Já lá vamos.
Sempre ouvi dizer que, em terra de cegos, quem tem um olho é rei: Portugal não é um País de cegos, mas sim de iletrados aos quais só chegam as notícias que convém aos grandes “lobbies” subjugados pelo grande capital da alta finança e da economia.
Neste mundo dominado pelo dinheiro, que, aparentemente, traz poder, glória e prazer, é normal que qualquer simples mortal aspire a essa plenitude: para isso, não querem limites, nem qualquer tipo de entrave a essa ascensão ao poderio monetário. O dinheiro tudo pode, tudo compra, tudo subjuga. E os jornalistas mais sensacionalistas, tal como os “media” em busca de fama e proveito, não fogem a esta regra, e não se inibem de se sujeitar às “novas” leis do mercado: quanto mais deres, mais amigo és!!!
Isto é o materialismo na sua essência pura… Ah! Como eu compreendo agora Karl Marx quando dizia: “proletários de todo o mundo, uni-vos!”
Mas (e há sempre um mas), Jesus Cristo ensinou-nos que adianta ao homem ganhar este mundo se perder a sua alma para a vida eterna???!!! E acrescentou: “É mais fácil entrar um camelo pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino dos Céus”. Não é pois tarefa fácil um rico ganhar o Céu: não é impossível, mas não é fácil, pois, por norma, o vil metal é obscuro e obsceno, subjuga para dar ao seu possuidor um poder demoníaco ligado a malefícios.
Pelos excertos da reportagem, deduzo (julgo que bem) que o juiz Carlos Alexandre tem a riqueza (humana) de dizer não a esta normalidade que é uma anormalidade face aos princípios filosófico-cristãos das mais diversas Civilizações. Quem o poderá julgar, com sabedoria, sensatez e humanismo, por ser uma pessoa pouco habitual no tempo de hoje, por ser diferente em maneira de ser, de estar na vida? Afinal, não concedemos direitos a homosexuais e outros, por exemplo, e não reconhecemos o direito de uma pessoa ser diferente, sem partirmos para os epípetos, alcunhas e violência psicológica, dos quais a difamação e calúnia são o menor dos males face ao enxovalhamento?
Eu não me iludo: mais tarde ou mais cedo, o Dr. Carlos Alexandre talvez venha a ser afastado destes casos mediáticos e será arrumado para trás de uma secretariazinha qualquer de que não se ouça falar mais, pois a pressão é muito grande, o peixe é enorme e as redes estão furadas, porque “pices conaes faederunt”. Mas se não fôssemos todos uma multidão de covardes, o Juiz Carlos Alexandre (e, como ele, outros) só deixariam de julgar bandidos e trutas carniceiras, na reforma…
este homem devia ser condecorado pelo serviço e coragem no desempenho das suas funções.
Eu gosto dele, persegue os corruptos de classe média alta, coisa que muitos não se atrevem.
http://www.lusopt.pt/portugal/3281-juiz-carlos-alexandre-obteve-emprestimo-por-meio-de-cunha#
Por em causa o trabalho do juiz Carlos Alexandre, divulgar a
sua faceta “saloia” toldada por uma visão obtusa da Justiça
ou reconhecer que o país anda mal servido neste e noutros
juízes e que andamos todos entregues a uma “bicharada” de
leis e legalidades estranhas é a vontade das publicações que
tenho visto no facebook !
Eu, para já digo que nem quis ver a entrevista de Carlos
Alexandre. Calculei que a SIC, canal sempre disponível para
os “furos” jornalísticos que beneficiassem os capitais que
orientam o Canal, fosse, mais uma vez, mais do mesmo: bater
no ceguinho e no Sócrates ! Agora, que alguém esperasse
outra coisa do Juiz Carlos Alexandre, para além daquilo que
ele poderia dizer, acho espantoso, a não ser que alguém
ansiasse pela divulgação de algo concreto, a viva voz, do
responsável dos mais graves processos criminais que, até
agora, o país teve, pela única pessoa (?) que tem o processo
todo.
Aquela entrevista não foi mais do que um “balão de soro” para
a incompetência do Magistério Público, da classe dos juízes e
da Procuradora Geral da República – do meu ponto de vista,
obviamente, porque não tenho qualquer prova do que digo
para além desta sensação que se me entranhou no espírito,
há muitos anos, de que o país anda à garupa de uma série
de bestas e que os bons cavalos já emigraram todos ou estão
em empresas privadas a ganhar salários milionários. Carlos
Alexandre confessou-se ! Pois claro que se confessou, nada
mais lhe resta fazer ! E, no meio desta confissão está, para
mim, a leitura adequada ao que se passa no país, na
magistratura, no poder dos lobbys partidários e empresariais.
O país está entregue à bicharada e é claro que carlos Alexandre
já começou a ver que foi “saloio” a meter-se no sarilho em que
se meteu ! Não tem meios, não tem estruturas, não tem tempo,
não tem Ministro da Justiça e não tem hipótese. No dia em que
os processos forem (?) a tribunal e se der a bronca de anos a
fio para provar o improvável Carlos Alexandre regressará a
Monção para escrever o livro que nunca conseguiu escrever !
E ponto final !
Vickbest123 não sabe o que diz: a inveja é dolorosa e incuravel e o rabo” provavelmente” preso mais doloroso é.
Manuela, foi ele, Carlos Alexandre, que utilizou a expressão “saloio de Mação”. A parte inicial do texto, a azul, é uma citação do que ele disse na entrevista à SIC.
Até pode ser saloio, pavão, sacerdote…tudo o que quiserem…mas será sempre meu ídolo se perante a lei igualar um ministro, banqueiro ou empresário a um humilde trabalhador. Ter dinheiro canudo ou poder, não pode elevar um ser humano ao paraíso! Deixemo-nos de partidarismos corruptos.
Partilhei.
O pavão tem uma plumagem bonita. Quando a agita consegue dar nas vistas. Mas tem um contra, as suas patas, os seus alicerces, não correspondem à plumagem. São muito modestos. O que se reflecte no seu comportamento
Carlos Patrício Álvares (Chaubet)l.
No dia 8 de setembro de 2016 às 22:39, VAI E VEM escreveu:
> estrelaserrano@gmail.com posted: ” “Não tenho amigos na magistratura, sou > uma pessoa meio isolada, feitio de bicho-do-mato. Este ‘saloio de Mação’ > tem consciência que se praticar erros grosseiros, ninguém na magistratura o > vai acolitar. O tal ‘saloio de Mação’ tem uns créditos hipotecário” >
As penas do pavão, escondem as suas feias patas, Por isso ele as mexe com violência para que não olhem para as suas fracos e feias pernas.
C
As penas do pavão, escondem as suas defeituosas patas.
Saloio é o quê??? que nível de análise de pessoas é este??? Portugal não passa de mediano na Europa se não for capaz de reconhecer a excelência dos que tem.
O “saloio de Mação” não é nenhum “iluminado”. Esmifra-se a trabalhar – para ganhar mais uns trocos… Não tem vida pessoal… Nunca se encontrou a si próprio… Por isso que se agarra ao trabalho… Não é “iluminado”, não! É mesmo “saloio”..
.