Já deu para perceber que o tempo que falta até às eleições legislativas vai ser dominado por casos de justiça atingindo figuras políticas ligadas aos partidos que têm governado o País.
Todos nos lembramos como começou o “caso Freeport” que depois deu em nada para o principal visado, José Sócrates, nunca ouvido nem constituído arguido. Apesar disso, Sócrates ficou indelevelmente “marcado” e nunca deixou de ser suspeito para o chamado “grande público” que lê e vê a imprensa e a televisão tablóides.
Sócrates está agora preso mas a sua destruição através dos media não parou, mercê de um perverso conluio entre a justiça e alguma imprensa. As fugas de informação são contínuas, não se sabendo o que é real e o que é inventado. O caso tornou-se ainda mais escabroso com o episódio do Facebook em que juízes e procuradores mostraram quão felizes os deixou a prisão do ex-primeiro ministro. A reacção da sua ex-mulher, Sofia Fava, à posição da procuradora-geral foram a sequência lógica dos acontecimentos anteriores.
Temos agora o PSD com dois dirigentes envolvidos em suspeitas: Miguel Macedo e Marco António Costa. Dir-se-ia que uma mão invisível quer impedir que a coligação PSD-CDS aproveite a prisão de Sócrates para atacar o PS na campanha eleitoral. Alguns pensarão que a Justiça é afinal, justa, ou, pelo menos, pluralista. A um suspeito do lado do PS corresponderá outro suspeito do lado do PSD-CDS. Temos, portanto, ainda uns meses para novos suspeitos.
Ora, este clima de concubinato entre a justiça, a política e os media, é insuportável em democracia. São condenáveis as fugas de informação que envolvem o caso Sócrates e é condenável deixar em banho-maria as suspeitas sobre Miguel Macedo e agora Marco António Costa.
Da justiça espera-se que faça o seu trabalho com celeridade e recato. Que investigue o que tem de investigar, acuse quem tiver de acusar e arquive se não encontrar provas. Alimentar, em vésperas de eleições, este clima podre de suspeitas e de acusações contra políticos, é não perceber que se está a desacreditar o sistema político, pilar essencial de uma democracia.
A justiça parece estar ainda na Idade Média. Depois das cabras e dos cabritos, ainda sobra onde há fumo há fogo. As fogueiras já foram acesas no Rossio, só falta trazer o preso 44 de Évora e queima-lo na fogueira, porque o auto de fé já foi pronunciado pelo CM,I e Sol.http://viriatoapedrada.blogspot.pt/2014/07/a-maior-cabala-e-mentira-depois-de-74.html
A Justiça tem a desculpa, dada a evolução tecnológica, pouco séria de
que, o seu tempo é diferente do tempo de todos nós, corre mais devagar
por ser preciso usar muita ponderação … nada mais falacioso!
Segundo, o advogado de José Sócrates o procurador até retardou a vinda
dos elementos que pediu às autoridades suiças, para alongar o tempo pa-
ra investigação! Com a cadência quase mensal, vai encetando acções com
o fito de alimentar o julgamento público, no próximo mês devem ir colher
mais elementos para a operação “Marquês” à Torre do Tombo … tudo por
causa dos negócios da pimenta que vinha da Indias e dos ouros vindos
do Brasil decerto que haverá uma qualquer ligação com Sócrates!!!
As más linguas “inventam” famas a pessoas nitidamente sérias. Mas a realidade (continuo a acreditar que apesar da falta de meios que os governos “distraidamente não têm suprido os juizas são sérios e fazem o seu trabalho com independencia de quem é o suspeito) continua a desmentir os que com muito boas intenções negam os indicios; por vezes com argumentos falaciosos de que serão “inocentes” até ao supremo. Até parece que foi tudo claro no ultimo supremo!!
Tudo bem,não há fumo sem fogo,mas há fumo com combustão lenta,daquela que se não vê.