“Seria bom que os antigos líderes do partido preferissem um debate interno a comentários políticos na televisão”, disse o líder parlamentar do PSD à Antena 1.
Luís Montenegro não ignora que os antigos líderes e dirigentes do seu partido que são comentadores regulares nas televisões, recebem por isso chorudos cachets. Pretender que abdiquem desse palco, auto-confinando-se à condição de uma espécie de “conselheiros” do partido ou simples militantes que vão aos congressos animar as hostes é, no mínimo, ingénuo. De facto, os comentadores-residentes fazem hoje parte de uma nova indústria – a indústria do comentário político – que “emprega” políticos, ex-políticos, jornalistas e poucos mais.
Os media são para eles não apenas um segundo (ou primeiro) modo de vida que, além de bem remunerado, lhes proporciona um palco permanente para outros voos.
Como é que o líder parlamentar do PSD pretende que Marcelo, Marques Mendes, Pacheco Pereira, Morais Sarmento, Manuela Ferreira Leite, Paulo Rangel, troquem a televisão pelo partido?