Diz o Público que os deputados do PSD e do CDS não gostaram e corrigiram o ministro Vítor Gaspar quando ele se distanciou dos deputados, negando-se a si próprio a qualidade de “eleito”. Leia-se a notícia:
Ora, eu acho que Vítor Gaspar, por uma vez, tem razão: ele não foi eleito. Quem votou no PSD não votou em Gaspar, que não é membro do Partido nem foi apresentado aos eleitores durante a campanha eleitoral como apoiante de Passos ou do PSD.
Mas ao corrigir a frase “nossos eleitores” para “vossos eleitores”, Gaspar foi sincero consigo próprio e com os deputados, que não foram capazes de entender as suas palavras nem a sua missão no governo.
Muito simplesmente, Gaspar disse aos deputados do PSD e do CDS que está no governo independentemente dos “eleitores” e, se necessário, contra os “eleitores”, sejam do PSD e do CDS ou de outros partidos. Ele tem como única missão no governo cumprir fielmente as determinações da troika e, sempre que possível, ultrapassá-las. Como escrevi aqui, Gaspar é um homem da troika. Não se lembram de que o chefe da missão da troika para Portugal o classificou como “impressionante”?
Só os deputados do PSD e do CDS é que não perceberam que Gaspar não está no governo para lhes prestar contas e que os “eleitores” não fazem parte das suas preocupações nem da sua folha de Excel.
Lá no íntimo, Gaspar ri-se deles e de todos nós. A impunidade que adquiriu é directamente proporcional à mediocridade de quem não lhe pede contas.
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Só os burros aceitam como cumprimento os coices de outro burro! (Sem ofensa a toda a espécie asinina.)
Fugui-lhe a boca para a verdade!!